quarta-feira, 31 de julho de 2013

Diamante Hope

O Diamante Hope, também conhecido como “Le bleu de France” (O Azul da França) ou como “Le Bijou du Roi“(A Joia do Rei), é uma enorme pedra de 45,52 quilates (9.10 g), de um azul intenso e que hoje se encontra no museu de História Natural Smithsonian, em Washington, Estados Unidos. 



Ele é conhecido por, supostamente, ser amaldiçoado. Possui uma longa história, retratada com alguma confusão, pois mudou de dono diversas vezes. Já passou pela a Índia, França, Reino Unido e Estados Unidos. Talvez ele seja o diamante mais famoso do mundo. Ele também é a segunda obra de arte mais visitada do planeta, perdendo apenas para a Mona Lisa no museu do Louvre.


A História

história do diamante começou quando um mercador francês chamado Jean Baptiste Tavernier adquiriu a pedra preciosa, no século XVII. Na época, o diamante pesava 112 quilates, aproximadamente. Alguns manuscritos, feitos pelo próprio Tavernier, relatam que a Índia é a origem do diamante, mais precisamente a mina Kollur, em Guntur, que naquele tempo fazia parte do reino de Golconda. Esse diamante possuía um formato triangular e estava grosseiramente lapidado. Sua cor foi descrita, por Jean Baptiste como um lindo violeta.

Tavernier vendeu a pedra para o rei Luís XIV da França, em 1668, juntamente com outras 14 grandes pedras preciosas e outras tantas menores. Em 1673, o diamante foi lapidado novamente por Sieur Pitau, o joalheiro da corte. Após a lapidação, o Diamante Hope perdeu peso, ficando com aproximadamente 67 quilates, mas ganhou beleza. No inventário real, sua cor foi descrita como azul cortante. Na época, a pedra ficou então conhecida como o “Diamante Azul da Coroa” ou o “Azul Fracês”. Foi envolto em ouro e colocado em uma fita para o rei colocar no pescoço em ocasiões cerimoniais.
O rei Luis XV, em 1749, mandou remodelar a pedra. O joalheiro da corte, dessa vez, Andre Jacquemin, colocou o diamante em uma joia cerimonial para a Ordem do Tosão de Ouro (Ordre de La Toison D’Or) – uma ordem de cavaleiros muito importante da Europa. Em 1791, depois da tentativa de fuga de Luis XVI e Maria Antonieta da França, houve semanas de saques ao castelo e às joias da coroa. Em setembro de 1792, o diamante azul foi roubado.
A primeira referência do próximo dono do diamante foi encontrada em 1839, com um registro de entrada em um catálogo de gemas de um colecionador muito conhecido, chamado Henry Philip Hope. A partir de então, o diamante ficou conhecido como Hope. Infelizmente, o catálogo não revelava de onde ou de quem Hope adquiriu o diamante, nem a quantia paga por ele.

Após a morte de Henry Philip Hope, em 1839, o diamante passou pelas mãos de seu sobrinho Henry Thomas Hope e, em seguida, pelo neto de seu sobrinho, o Lord Francis Hope. Em 1901, Lord Francis Hope obteve permissão da Chancelaria e de suas irmãs para vender a pedra para ajudá-lo a sanar suas dívidas. O Diamante Hope foi, então, vendido para Joseph Frankels e filhos da cidade de Nova Iorque. Em seguida, já trocou de mãos e o novo dono, Selim Habib, colocou o diamante a leilão, em Paris, em 1909. A preciosidade não foi vendida no leilão, mas um tempo depois foi adquirida por Pierre Cartier, naquele mesmo ano.
Em 1910, a Cartier apresentou o diamante Hope à Sra. Evalyn Walsh McLean, de Washington D.C., mas ela não gostou da peça. Cartier, então, mandou relapidar a pedra e a levou novamente aos Estados Unidos. O diamante ficou com a Sra. McLean durante um final de semana. A estratégia deu certo e a venda foi concretizada em 1911. O diamante estava em uma tiara de três arcos, cravejada de grandes diamantes brancos. Algum tempo depois, o diamante tornou-se um pingente em um lindo colar de diamantes, joia na qual repousa até hoje. A extravagante Sra. McLean, dona da pedra, morreu em 1947.
                     

                                                  Evalyn Walsh McLean com o colar

A Maldição

O Diamante Hope é conhecido por ser amaldiçoado. O mito diz que ele traz má sorte a quem o usa ou a quem o possui. No entanto, há fortes indícios de que tal história se baseia em histórias inventadas para chamar atenção para a gema.
















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